Na próxima quinta-feira (16/10), às 14h, estudantes da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) irão realizar o ato: “Em defesa da UFPE a serviço do povo: Contra os ataques a autonomia universitária, pelo fim da colaboração com o genocídio do Povo Palestino!”. O evento foi convocado pelo Coletivo Mangue Vermelho e será realizado no Centro de Educação da UFPE.
O ato está sendo construído em conjunto com a Juventude Socialista e a União da Juventude Comunista (UJC), após constantes ataques da extrema-direita contra a UFPE, denunciados pelos ativistas como uma afronta à autonomia universitária e conclamam os estudantes a transformar a universidade em “uma trincheira da luta de classes, impulsionando a luta camponesa”.
Segundo relato dos estudantes, o evento foi motivado pelo repúdio aos constantes ataques da extrema-direita contra a universidade, especialmente após o anúncio de 80 vagas no curso de medicina no Centro Acadêmico do Agreste, voltado para camponeses pobres e quilombolas assentados ou cadastrados pelo Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), a partir do Programa Nacional de Educação na Reforma Agrária (PRONERA).
O anúncio do edital de seleção foi feito no dia 10/09, porém, a Justiça Federal em Pernambuco suspendeu o mesmo apenas 20 dias depois, atendendo a uma ação feita pelo vereador Tadeu Calheiros (MDB), de Recife.
No dia 07/10, a liminar que suspendia o edital foi derrubada pelo Tribunal Regional Federal da 5ª Região (TRF5). Contestando a decisão, apenas dois dias depois, a 9ª Vara da Justiça Federal voltou a derrubar o edital, sob a tutela de parlamentares da extrema-direita, dessa vez, atendendo ao pedido do vereador Thiago Medina (PL), também de Recife.
Os estudantes da UFPE denunciaram as medidas dos vereadores, juízes, promotores e demais agentes do velho Estado como um “ataque da extrema-direita que não aceita que pobre estude medicina ou frequente a universidade”. Os ativistas também ressaltaram a importância da autonomia universitária, enquanto necessidade para o desenvolvimento da ciência e da técnica, que só pode ser impulsionado pela comunidade acadêmica de forma independente e através da luta por uma universidade a serviço do povo.
Outra questão levantada pelos estudantes é a colaboração da UFPE com o genocídio do povo palestino. Além de colaborar com o Exército brasileiro no incremento da repressão ao povo, a UFPE ainda mantém parcerias com empresas privadas como a Apple, Motorola e HP, especialmente no Centro de Informática (CIN), operado também de forma privada, impedindo o acesso dos demais estudantes da universidade ao centro com a implementação de catracas.
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Essas empresas são alvo de boicote por parte de lutadores do povo desde o início da Operação Dilúvio de Al-Aqsa, no dia 7 de outubro de 2023, onde a Resistência Nacional Palestina, conseguiu voltar os olhos de todo o mundo para sua luta através de uma vitoriosa ofensiva tática contra a ocupação nazi-sionista.
Os estudantes denunciam que colocar essas empresas estrangeiras, colaboradoras da entidade sionista de ‘Israel’, para operar dentro da UFPE é colaborar com o regime genocida, além de ser mais um ataque contra a soberania nacional.
Os ativistas conclamam o rompimento imediato das relações da UFPE com essas big-techs e a nacionalização imediata da Universidade, especialmente do Centro de Informática, e frente a esta situação, convocam o ato no dia 16 em defesa da autonomia universitária e contra a colaboração da UFPE com o genocídio praticado por Isreal, e apoiado pelos EUA, na Palestina.
Movimento estudantil conquista vitórias contra o sionismo
Durante as últimas duas semanas, o movimento estudantil brasileiro conquistou grandes vitórias contra os convênios de universidades públicas com instituições sionistas, participantes ativas na produçao de tecnologias para o genocídio e limpeza étnica do povo palestino.
A exemplo dos estudantes da Unicamp Limeira, São Paulo, que ocuparam a área comum da Faculdade de Ciências Aplicadas com um acampamento que movimentou centenas de estudantes na luta pelo fim do convênio com universidades sionistas e por moradia estudantil.
A medida, que teve a frente estudantes da Frente Rubra Primavera, procurou pressionar o Conselho Universitário pelo rompimento com a Technion, empresa produtora de escavadeiras controladas à distância, utilizadas para demolição de residências palestinas. Graças a iniciativa dos estudantes, o convênio foi rompido e a reitoria foi pressionada a desenvolver a Moradia Estudantil permanente em Limeira.
Em seguida, foi a vez dos estudantes da Universidade Federal Fluminense (UFF), de Niterói, Rio de Janeiro, conquistarem o rompimento das relações com a Universidade Ben Gurion, após uma ativa mobilização.
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