Graduada em Comunicação Social – Habilitação em Jornalismo pela Universidade. com passagem pelo Jornal da Tarde e veículos regionais. É repórter do GGN desde 2022.
É a primeira resposta oficial do governo chinês às falas de Trump, que acusou Pequim de adotar uma “posição agressiva” nas relações comerciais
Publicado em
12 de outubro de 2025, 14:48
Pixabay
Pequim reagiu neste domingo (12) às declarações do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que prometeu impor uma tarifa adicional de 100% sobre todos os produtos chineses. Em comunicado, o Ministério do Comércio da China afirmou que tomará “medidas correspondentes para salvaguardar seus direitos e interesses legítimos” caso Washington concretize a ameaça.
A declaração marca a primeira resposta oficial do governo chinês às falas de Trump, que acusou Pequim de adotar uma “posição extraordinariamente agressiva” nas relações comerciais internacionais.
“Se os EUA persistirem em agir unilateralmente, a China tomará de forma resoluta as medidas correspondentes para salvaguardar seus direitos e interesses legítimos”, afirmou um porta-voz do ministério.
Tensões em alta
A nova escalada nas tensões entre as duas maiores economias do mundo ocorre após o anúncio de controles de exportação chineses sobre terras raras, baterias de lítio e materiais superduros — insumos fundamentais para a indústria de eletrônicos e de energia verde.
Os controles, divulgados na quinta-feira (9) por cinco ministérios chineses, fazem parte de uma estratégia de “dupla camada” nas cadeias de suprimentos, reforçando o papel do Estado sobre recursos considerados estratégicos. A China é responsável por cerca de 60% da produção global e quase 90% do refino desses materiais.
“Recorrer a ameaças de tarifas altas não é a maneira correta de se envolver com a China”, disse o porta-voz do Ministério do Comércio. “Nossa posição sobre uma guerra tarifária permanece consistente: Não queremos uma, mas não temos medo de uma”, completou.
O comunicado também acusou os Estados Unidos de “prejudicar seriamente os interesses da China” e de “minar o clima das negociações bilaterais”.
A promessa de Trump
Na sexta-feira (10), Trump anunciou a medida por meio da rede Truth Social, justificando que a China estaria impondo novos controles de exportação “em larga escala a praticamente todos os produtos que fabrica”.
“A partir de 1º de novembro de 2025, imporia controles de exportação em larga escala a praticamente todos os produtos que fabrica, inclusive alguns que nem sequer fabrica”, escreveu o republicano.
O presidente americano também afirmou que os EUA adotarão controles de exportação sobre softwares críticos desenvolvidos no país, embora não tenha detalhado quais setores serão afetados.
Trump classificou as ações de Pequim como “uma vergonha moral em relação a outras nações” e disse que sua decisão visa proteger os “interesses econômicos dos Estados Unidos”.
*Com informações do Metrópoles.
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