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Dólar hoje e mercado financeiro registram volatilidade nesta segunda-feira, 12 de outubro de 2025, em São Paulo. A cotação do dólar comercial subiu 0,4% em relação ao fechamento anterior, impulsionada por anúncios de tarifas comerciais dos Estados Unidos contra a China. O Banco Central do Brasil reportou negociações acima de R$ 5,50 por unidade, enquanto o Ibovespa recuou 0,7%, refletindo preocupações com o impacto global. Investidores acompanham de perto os desdobramentos, pois a medida visa equilibrar o comércio exterior, mas afeta moedas emergentes como o real.
A máxima intradiária do dólar chegou a R$ 5,53 por volta das 14h, horário de Brasília, antes de uma leve correção. Analistas atribuem o movimento a declarações do presidente americano sobre aumento de 100% em importações chinesas a partir de novembro. No contexto local, o real enfraquece devido a fluxos de saída de capital para ativos seguros nos EUA.
Principais fatores da alta: Tensões EUA-China e fluxo para títulos americanos.
Impacto imediato: Exportadores brasileiros ganham competitividade, mas importadores enfrentam custos maiores.
Projeção para o dia: Fechamento próximo de R$ 5,52, com volume de R$ 12 bilhões negociados.
Oscilações no câmbio ao longo do pregão
O dólar iniciou o dia cotado a R$ 5,48, logo após a abertura dos mercados às 9h. Operadores relataram aumento gradual nas negociações após as 11h, coincidindo com a divulgação de dados preliminares de inflação nos EUA. A mínima registrada foi de R$ 5,47, mas o par USD/BRL rapidamente recuperou terreno.
Essa variação reflete a sensibilidade do mercado a eventos geopolíticos, com o índice DXY subindo 0,3% no mesmo período. Bancos como Itaú e Bradesco ajustaram posições, priorizando hedges contra riscos cambiais.
Desempenho dos índices da bolsa de valores
O Ibovespa abriu em 141.200 pontos e terminou o pregão em 140.680, uma perda de 1.028 pontos. Setores de commodities puxaram a queda, com o índice de mineração caindo 1,2%, enquanto financeiro resistiu com variação de -0,2%.
Dados da B3 indicam volume negociado de R$ 18 bilhões, abaixo da média mensal de R$ 20 bilhões. O índice small caps, SMLL, recuou 0,9%, para 2.450 pontos, afetado por empresas de varejo.
Volume de estrangeiros somou saída líquida de R$ 450 milhões, o maior em uma semana. Analistas monitoram o suporte em 140.000 pontos para possíveis compras.
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Destaques entre as ações negociadas
Ações da Petrobras caíram 1,5%, com PETR4 a R$ 35,20, pressionadas por queda no petróleo Brent para US$ 72 por barril. Já a Vale subiu 0,3% para R$ 62,50, beneficiada por demanda chinesa em metais apesar das tarifas.
Itaú Unibanco registrou alta de 0,5% em ITUB4, para R$ 34,80, impulsionado por resultados trimestrais acima do esperado. Magazine Luiza avançou 1,2% em MGLU3, para R$ 1,45, com otimismo em e-commerce.
PETR4: Perda de 1,5% devido a petróleo.
VALE3: Ganho modesto de 0,3%.
ITUB4: Alta de 0,5% por lucros.
MGLU3: Avanço de 1,2% em varejo.
Movimentos no mercado de criptomoedas
Bitcoin negociou a US$ 121.500 por volta das 16h, uma queda de 0,8% em 24 horas, após liquidações de US$ 500 milhões em posições alavancadas. Ethereum recuou 0,9% para US$ 4.330, influenciado pela mesma volatilidade global.
O mercado total de criptos perdeu US$ 200 bilhões em capitalização desde o pico de US$ 4,4 trilhões na semana anterior. Solana caiu 1,1% para US$ 180, enquanto Dogecoin subiu 1,9% para US$ 0,25.
Analistas preveem recuperação em outubro, historicamente positivo para o setor, com foco em adoção institucional. Volumes em exchanges como Binance somaram US$ 71 bilhões no dia.
O Bitcoin acumula alta de 150% no ano, mas corrige em meio a temores de regulação pós-eleições americanas. Ethereum beneficia de upgrades na rede, com transações mais eficientes.
Estratégias para investidores no atual cenário
Renda fixa atrai com Selic em 15%, onde CDBs pós-fixados rendem acima de 14% ao ano bruto. Tesouro Selic oferece liquidez diária e proteção contra inflação acumulada em 5,17% nos últimos 12 meses.
Para renda variável, diversificação em ETFs de small caps mitiga riscos, com alocação sugerida de 20% em ações de dividendos como BBSE3, que rende 11,76% em yield. Fundos imobiliários com yield acima de 10% complementam, priorizando logística.
Evite alavancagem em criptos, dado o drawdown recente de 16% no Bitcoin. Monitore o PMI de serviços brasileiros, em território contracionista, para ajustes em portfólios.
CDBs: Rentabilidade acima de Selic menos IR.
Tesouro: Ideal para reserva de emergência.
ETFs: Exposição diversificada a small caps.
FIIs: Foco em dividendos mensais.
Perspectivas para o real e exportações
Exportadores de soja e minério veem vantagem com dólar acima de R$ 5,50, elevando receitas em 8% para o setor agrícola. Balança comercial registra superávit de US$ 5 bilhões em outubro até agora.
Importadores de eletrônicos enfrentam custo extra de 4%, com indústrias pedindo medidas de hedge via derivativos. O BC interveio com leilão de swaps, injetando US$ 1 bilhão em liquidez.
Projeções indicam dólar médio de R$ 5,45 para o mês, com viés de alta se tarifas americanas se confirmarem. Setor de energia elétrica mantém estabilidade, com ações como CPFE3 subindo 0,8%.
A resiliência do mercado de trabalho, com desemprego em 7,5%, sustenta consumo interno apesar dos juros elevados.