O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), autorizou que mais uma médica realize visitas ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) em sua residência em Brasília, onde ele cumpre prisão domiciliar.
Marina Grazziotin Pasolini, médica endocrinologista, poderá atender o ex-presidente sem precisar pedir autorização individual ao STF, como os demais visitantes. Familiares próximos e outros integrantes da equipe médica de Bolsonaro já têm acesso livre à residência do ex-presidente para atendimentos de saúde.
Moraes atendeu a um pedido da defesa de mais cedo que justificou a necessidade da visita “em razão do agravamento de episódios persistentes de soluço”. Na decisão, o ministro do STF ressaltou que Bolsonaro está autorizado a receber tratamento médico domiciliar, além de ir até o hospital em caso de emergência, sem necessidade de decisão prévia, desde que formalize o atendimento até 24 horas depois do ocorrido.
O quadro de saúde de Bolsonaro já o levou ao hospital para um atendimento emergencial desde que está em prisão domiciliar, em 4 de agosto. O ex-presidente deu entrada no Hospital DF Star em setembro com um quadro de soluço, vômito e pressão baixa. Ele sofre com problemas gastrointestinais desde que levou uma facada na região abdominal durante a campanha presidencial nas eleições de 2018.
Da última vez que Bolsonaro fez exames em um hospital em Brasília, em setembro, o médico Cláudio Birolini afirmou que a saúde do ex-presidente era frágil e requer acompanhamento próximo. Condenado pelo STF a 27 anos e três meses de prisão sob a acusação de liderar uma organização criminosa que tentou dar um golpe de Estado, o cenário mais provável é que os advogados usem o quadro de saúde como argumento para que o ex-presidente continue preso em casa.