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Morreu ex-primeiro-ministro do Quênia, Raila Odinga, após sofrer uma parada cardíaca

Fonte original: g1globo
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Como líder da oposição, Odinga perdeu todas as suas cinco campanhas presidenciais, com duas das votações levando a episódios caóticos e recriminações.

Seu trabalho como ativista pela democracia ao longo dos anos ajudou a selar duas das reformas mais importantes do país: a democracia multipartidária em 1991 e uma nova constituição em 2010.

Odinga liderou os protestos após a disputada eleição de 2007, que mergulhou o país no episódio mais grave de violência política desde a independência. Cerca de 1.300 pessoas foram mortas e centenas de milhares desabrigadas nos confrontos.

Após sua derrota mais recente em 2022, ele se juntou ao presidente William Ruto em um chamado governo de base ampla, que colocou vários de seus aliados em posições-chave.

O governo Ruto apoiou a candidatura de Odinga à presidência da Comissão da União Africana, nas eleições realizadas no início deste ano. Apesar do forte apoio, ele perdeu para Mahmoud Ali Youssouf, do Djibuti.

Ele foi um ex-prisioneiro político e sua luta contra a ditadura de partido único o levou a ser detido duas vezes (de 1982 a 1988 e de 1989 a 1991) durante o governo de Daniel arap Moi.

Ele foi inicialmente preso por tentar dar um golpe em 1982, o que o impulsionou para o cenário nacional.

Autoproclamação a presidente

O líder da oposição do Quênia Raila Odinga chega para cerimônia de posse autoproclamada por ele em meio a seus apoiadores em um parque de Nairobi no dia 30 de janeiro de 2018 — Foto: Thomas Mukoya/Reuters

Odinga fez o juramento do cargo em um parque da capital, Nairobi, diante de dezenas de milhares de apoiadores.

Líder da oposição do Quênia faz juramento e se autoproclama 'presidente do povo'

"Juro que serei fiel e leal ao povo e à República do Quênia, que preservarei, protegerei e defenderei a Constituição do Quênia", disse.

O procurador-geral do país, Githu Muigai, alertou que a posse autoproclamada pode incorrer em um delito de alta traição, punido com a morte, ainda que o país não tenha executado nenhum preso desde 1987.

Horas depois do juramento simbólico de Odinga, o governo do Quênia declarou como "organização criminosa" o Movimento de Resistência Nacional (NRM, na sigla em inglês), criado pela coalizão opositora.

A breve nota foi assinada pelo ministro do Interior, Fred Matiang'i, e publicada no boletim oficial queniana.

País ficou dividido

Após uma primeira eleição em agosto de 2017 ser cancelada por irregularidades, Odinga negou-se a concorrer novamente. Ao retirar a sua candidatura, Kenyatta conseguiu vencer as eleições de outubro com 98,26% dos votos.

A eleição marcou uma dura disputa entre as duas principais dinastias políticas do país da África Oriental. Kenyatta é filho do presidente fundador do Quênia, Jomo Kenyatta. Já Raila Odinga é um ex-prisioneiro político de 72 anos e filho do primeiro vice-presidente do país.

Kenyatta também é amplamente visto como o representante do povo Kikuyu, o maior grupo étnico do país, enquanto Odinga está associada ao grupo Luo, que nunca conseguiu eleger um chefe de estado.

Conteúdo original disponível em https://g1.globo.com/mundo/noticia/2025/10/15/ex-primeiro-ministro-do-quenia-raila-odinga-morreu.ghtml.

* arquivado em IPFS para garantir acesso permanente à informação original.

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